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Parlamentar alemão condena venda de armas da Alemanha aos Emirados Árabes Unidos

Thomas Hitschler, membro do Bundenstag – parlamento alemão – pelo estado da Renânia-Palatinado, na cidade de Leinsweiler, 6 de maio de 2017 [Flickr]

Thomas Hitschler, membro do Bundenstag – parlamento alemão – criticou o governo da Alemanha por continuar a permitir exportações de armas a países envolvidos na guerra do Iêmen.

Em entrevista concedida nesta quinta-feira à German Press Agency (DPA), Hitschler afirmou não compreender a razão para manter a venda de armas à região, acrescentando que a exportação de armas alemãs para os Emirados Árabes Unidos (EAU), membro ativo da coalizão liderada pela Arábia Saudita na intervenção no Iêmen, é “inaceitável”.

O congressista do Partido Social Democrata (PSD) reiterou que não há espaço para qualquer “interpretação equivocada” sobre o acordo entre a coalizão e o governo no que se refere ao assunto em questão, sobre o qual declara que “não deve haver qualquer exportação aos países participantes na guerra do Iêmen”.

O Ministério da Economia da Alemanha declarou que a exportação de armas do país atingiu o valor € 5.3 bilhões (US$ 6 bilhões), até o mês de junho de 2019.

Em resposta, Omid Nouripour, parlamentar alemão pelo Partido Verde, destacou que os valores em exportações militares alemãs são mais do que o dobro para o mesmo período no ano passado, além de superar o valor total de exportações de armas durante todo o ano de 2018, cujas vendas alcançaram € 4.8 bilhões (US$ 5.4 bilhões).

O Egito é o segundo maior importador de armas alemãs, totalizando compras no valor de € 801.8 milhões (US$ 902.6 milhões). Os Emirados Árabes Unidos, sexto maior importador de armas alemãs, totaliza o valor de € 206.1 milhões (US$ 232 milhões). Ambos os países são membros da coalizão liderada pela Arábia Saudita no Iêmen.

Em março de 2018, a Aliança Democrata Cristã, partido da chanceler Angela Merkel, concordou com o Partido Social Democrata, parceiro na coligação de governo, em suspender exportações de armas a países “diretamente envolvidos” na guerra no Iêmen.

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