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550 palestinos serão desabrigados após Israel destruir todo um bairro de Jerusalém

Palestinos inspecionam os escombros da casa do palestino Arafat Irfaiyye, após ter sido demolida pelo exército israelense em Hebron, na Cisjordânia, em 19 de abril de 2019. (Mamoun Wazwaz - Agência Anadolu)

As autoridades israelenses aceleram seus planos de demolir um bairro palestino inteiro na Jerusalém Oriental ocupada, conforme informou a ong de direitos humanos B’Tselem, o que deixará 550 desabrigados.

Wadi Yasul, localizado entre os bairros de Abu Tur e Silwan, abriga 72 famílias palestinas.

De acordo com a B’Tselem, o Município de Jerusalém “emitiu ordens de demolição para todas as casas do bairro e todas as famílias estão ameaçadas de expulsão”.

No final de abril, “a cidade já demoliu duas casas e deslocou duas das famílias”.

A ong observou que Wadi Yasul “é adjacente a uma floresta, também localizada em terras privadas que foram expropriadas de seus proprietários palestinos em 1970”.

Em 1977, as autoridades de ocupação israelenses “zonearam a floresta e a área de Wadi Yasul foi mais tarde estabelecida como um espaço verde, onde a construção é proibida”, acrescentou B’Tselem.

Em 2004, os moradores do bairro enviaram um plano detalhado para autorização retroativa de suas casas, mas quatro anos depois, as autoridades israelenses rejeitaram o plano.

No entanto, ao mesmo tempo, o município de Jerusalém deu sua permissão à organização de colonos El-Ad “para prosseguir com os planos de acampamentos do grupo, incluindo a construção da maior tirolesa recreativa em Israel”.

Resumindo o destino à espera de Wadi Yasul, B’Tselem explicou que “desde 1967, a política de planejamento em Jerusalém tem sido voltada a estabelecer e manter uma maioria demográfica judaica na cidade”. “Sob esta política, é quase impossível obter uma licença de construção nos bairros palestinos”, continuou B’Tselem. “Os planos básicos que a cidade preparou para esses bairros visam em grande medida restringir e limitar as oportunidades de construção”.

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