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Alguns aliados de Trump querem engavetar o ‘plano de paz’

Jared Kushner, conselheiro sênior do presidente americano Donald Trump, e Jason Greenblatt, conselheiro de Trump para Israel, em 14 de fevereiro de 2019, em Varsóvia, capital da Polônia [Sean Gallup/Getty Images]

Alguns aliados de Donald Trump, Presidente dos Estados Unidos, estão “intensificando seus pedidos para cancelar o lançamento” do “plano de paz” da Casa Branca para Israel e Palestina, segundo o site de notícias POLITICO.

De acordo com as informações, “vozes proeminentes dos setores conservadores e pró-Israel próximas à Casa Branca cada vez mais expõem seus receios” sobre as consequências da publicação do plano.

Tais temores “incluem desde a possibilidade de que a proposta de paz seja o estopim para ondas de violência na região a preocupações de que suas condições possam matar definitivamente os esforços para uma solução de dois estados.”

“Publicar o plano agora faria os Estados Unidos parecerem displicentes,” afirmou ao POLITICO James Carafano, acadêmico em assuntos internacionais para a entidade conservadora Heritage Foundation. “É melhor esperar, talvez até mesmo após as eleições americanas.”

Em um artigo recente para a revista internacional Foreign Policy, o diretor executivo do Instituto Washington para a Política no Oriente Próximo, de caráter pró-Israel, Rob Satloff, exigiu que a proposta fosse reconsiderada: “divulgar o plano de paz para o Oriente Médio no ambiente atual é uma derrota garantida,” argumentou.

Outros gurus da extrema-direita, no entanto, creem que Jared Kushner deva publicar o plano em meados do outono (primavera, no Hemisfério Sul).

“Ao divulgar o plano, a administração… deve estabelecer seu valor como um série de diretrizes para quando o ambiente político for mais favorável,” declarou Michael Makovsky, presidente do Instituto Judaico para Segurança Nacional da América, ao POLITICO.

“É difícil para mim imaginar que esta administração, com toda a expectativa em relação à proposta, deixe de publicar o plano,” afirmou Jonathan Schanzer, da Fundação pela Defesa das Democracias. “É improvável que recuem.”

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