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Mulheres palestinas sofrem abusos em prisão israelense, informa gabinete de imprensa

24 de dezembro de 2025, às 08h11

Mulheres e crianças presas chegam ao Hospital Europeu e se reencontram com suas famílias a leste de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, em 27 de fevereiro de 2025. [Abed Rahim Khatib/Agência Anadolu]

Mulheres palestinas detidas na prisão israelense de Damon, em Haifa, sofrem abusos, incluindo espancamentos e a remoção forçada de seus véus, informou nesta segunda-feira o Gabinete de Imprensa dos Prisioneiros, segundo a Anadolu.

Um comunicado do gabinete afirmou que os guardas da prisão forçaram as mulheres detidas a irem para o pátio, fizeram com que se sentassem no chão, removeram seus véus e as agrediram.

Cães e granadas de efeito moral também foram usados ​​contra as mulheres, segundo o comunicado, que classificou o abuso como uma “violação flagrante de todas as leis e normas humanitárias”.

Várias detentas ficaram feridas em decorrência das agressões, que ocorreram em quatro ocasiões distintas em dezembro, informou o escritório.

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O órgão responsabilizou Israel integralmente pela segurança das mulheres detidas e alertou para os riscos representados pelo que descreveu como um padrão contínuo de repressão.

O escritório apelou para que organizações de direitos humanos e humanitárias tomem medidas urgentes para interromper o que descreveu como uma escalada de violações contra mulheres detidas na prisão de Damon.

Mais de 9.300 palestinos, incluindo mulheres e crianças, permanecem detidos em prisões israelenses, onde muitos enfrentam abusos, fome e negligência médica, o que já levou a múltiplas mortes, de acordo com organizações de direitos humanos israelenses e palestinas.

O exército israelense matou quase 71.000 palestinos, em sua maioria mulheres e crianças, e feriu mais de 171.000 em ataques na Faixa de Gaza desde outubro de 2023. Os militares e colonos ilegais também mataram pelo menos 1.102 palestinos na Cisjordânia ocupada e feriram quase 11.000 durante o mesmo período.

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