O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, discursa durante uma coletiva de imprensa, parte da 16ª Conferência Ministerial das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), em Genebra, em 22 de outubro de 2025. [Fabrice Coffine /AFP via Getty Images]
O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, expressou na terça-feira “grave preocupação” com a “contínua detenção arbitrária” de 59 funcionários da ONU no Iêmen, além de membros da sociedade civil e funcionários de missões diplomáticas, segundo a agência Anadolu.
Guterres também condenou o encaminhamento de funcionários da ONU pelos houthis ao seu tribunal penal especial, disse o porta-voz Stephane Dujarric a jornalistas.
“Os funcionários da ONU estão incomunicáveis, alguns há anos, sem o devido processo legal, em violação do direito internacional”, afirmou Dujarric.
Ele enfatizou que os funcionários da ONU, incluindo cidadãos iemenitas, são imunes a processos legais por atos praticados no exercício de suas funções.
“Não queremos estar neste tribunal e queremos que eles sejam libertados”, acrescentou.
A ONU exigiu que os houthis revoguem o encaminhamento ao tribunal e “trabalhem de boa-fé para a libertação imediata de todos os funcionários detidos”.
Dujarric disse que a ONU permanece comprometida em apoiar os iemenitas e em fornecer “assistência humanitária baseada em princípios”.
O Iêmen mergulhou em uma guerra civil desde que o grupo houthi, apoiado pelo Irã, tomou o controle da capital do país, Sanaa, em 2014, forçando o governo legítimo a fugir para o sul.
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