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Alemanha ativará sistema de defesa antimíssil Arrow 3, de fabricação israelense, contra mísseis balísticos de longo alcance

4 de dezembro de 2025, às 11h25

Soldados israelenses caminham perto de um sistema de defesa antimíssil Domo de Ferro israelense (E), um sistema de mísseis terra-ar (SAM), o MIM-104 Patriot (C), e um míssil antibalístico Arrow 3 (D) durante a coletiva de imprensa do exercício conjunto Juniper Cobra na Base Aérea de Hatzor, no centro de Israel, em 25 de fevereiro de 2016 [AFP/Gil Cohen-Magen/Getty]

A Alemanha está prestes a ativar sua primeira bateria do sistema de defesa antimíssil Arrow 3, de fabricação israelense, com o objetivo de interceptar mísseis balísticos de longo alcance, segundo reportagens da mídia nesta quarta-feira, informou a Anadolu.

O ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, afirmou que essa defesa antimíssil fortalecerá significativamente seu país e seus parceiros.

“Isso nos dá a capacidade, pela primeira vez, de fornecer alerta antecipado e proteger nossa população e infraestrutura contra mísseis balísticos de longo alcance. Com essa capacidade estratégica, que é única entre nossos parceiros europeus, estamos assegurando nosso papel central no coração da Europa”, disse Pistorius à Agência de Imprensa Alemã (dpa) em Berlim.

“Isso significa que não estamos apenas nos protegendo, mas também protegendo nossos parceiros. Estamos fortalecendo o pilar europeu da OTAN e assumindo uma meta de planejamento da OTAN”, acrescentou.

O sistema, adquirido em Israel, é, segundo relatos, uma resposta à ameaça representada pela Rússia. O sistema de defesa foi projetado para destruir mísseis inimigos a altitudes de até 100 quilômetros (62 milhas) — uma capacidade que as Forças Armadas Alemãs não possuem atualmente.

A base aérea de Schonewalde/Holzdorf, localizada ao sul de Berlim, é a primeira das três bases planejadas para o sistema Arrow.

A Alemanha será o primeiro país fora de Israel a implantar o sistema, no âmbito de um acordo de defesa de € 3,6 bilhões (US$ 4,2 bilhões).

Após o fim da Guerra Fria, os países europeus reduziram seus esforços de defesa contra ataques aéreos, tanto para alvos militares quanto civis, e negligenciaram essa questão por um longo período. Recentemente, os círculos de planejamento da OTAN afirmaram que as capacidades de defesa contra ataques aéreos precisam ser aumentadas em 400%.

O governo alemão está investindo mais fortemente em defesa aérea. A Alemanha também lançou uma iniciativa para um sistema europeu de defesa aérea (European Sky Shield Initiative/ESSI), da qual 23 países parceiros já aderiram.

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