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EUA e Israel temem vazamento de segredos tecnológicos de bomba não detonada em Beirute

2 de dezembro de 2025, às 05h05

Autoridades inspecionam prédio residencial severamente danificado no bairro de Hreyk, no subúrbio sul de Beirute, Dahieh, onde paredes e andares inteiros desabaram após um ataque aéreo israelense que violou o cessar-fogo em 23 de novembro de 2025. [Houssam Shbaro/ Anadolu Agency]

Autoridades americanas e israelenses teriam exigido que o governo libanês assegure urgentemente a transferência de uma bomba aérea israelense não detonada, localizada nos subúrbios do sul de Beirute, para sua posse, temendo que ela possa cair nas mãos da Rússia ou da China e lhes dar acesso à sua avançada tecnologia militar.

Segundo o jornal hebraico Ma’ariv, fontes não identificadas afirmam que a bomba é uma munição inteligente de planeio, modelo GBU-39B, fabricada pela empresa americana Boeing, e foi usada pela Força Aérea Israelense em um ataque contra Hitham Ali Tabtaba’i — descrito como chefe de gabinete do Hezbollah — no reduto do grupo no sul de Beirute.

O Ma’ariv acrescenta que, embora a bomba tenha sido usada na tentativa de assassinato, ela não explodiu por razões ainda desconhecidas e permaneceu relativamente intacta no local do ataque. Isso gerou preocupação em Washington sobre a possibilidade de potências estrangeiras — especificamente a Rússia ou a China — recuperá-la e estudar sua tecnologia.

A reportagem observa que a bomba carrega uma ogiva “excepcionalmente poderosa para o seu peso”, além de sistemas de orientação e tecnologia que se acredita não estarem atualmente em poder de Moscou ou Pequim — tornando sua recuperação uma prioridade para os Estados Unidos.

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