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Singapura sanciona 4 israelenses por ‘atos de violência’ contra palestinos na Cisjordânia

23 de novembro de 2025, às 08h20

Uma imagem dos danos após colonos israelenses incendiarem um depósito de peças de automóveis entre as cidades de Huwara e Udala, ao sul de Nablus, na Cisjordânia, queimando muitos dos veículos armazenados no local em 21 de novembro de 2025. [Nedal Eshtayah/ Agência Anadolu]

Singapura impôs, na sexta-feira, sanções financeiras e proibições de entrada a quatro indivíduos israelenses por seu envolvimento em “atos de violência” contra palestinos na Cisjordânia, segundo a Anadolu.

Meir Mordechai Ettinger, Elisha Yered, Ben-Zion Gopstein e Baruch Marzel “estiveram envolvidos em atos flagrantes de violência extremista contra palestinos na Cisjordânia”, segundo um comunicado do Ministério das Relações Exteriores.

“Tais ações são ilegais e minam e comprometem as perspectivas de uma solução de dois Estados”, afirmou o comunicado, reiterando a posição de Singapura de que os assentamentos israelenses na Cisjordânia são ilegais sob o direito internacional.

A presença e a expansão desses assentamentos “tornarão muito mais difícil chegar a uma solução viável de dois Estados”, acrescentou.

“Como firme defensora do direito internacional e da solução de dois Estados, Singapura se opõe a quaisquer tentativas unilaterais de alterar os fatos no terreno por meio de atos ilegais sob o direito internacional”, concluiu, instando Israel a “restringir os atos de violência dos colonos e a responsabilizar os perpetradores”.

“Como firme defensora do direito internacional e da solução de dois Estados, Singapura se opõe a quaisquer tentativas unilaterais de alterar os fatos no terreno por meio de atos ilegais sob o direito internacional”, concluiu, instando Israel a “restringir os atos de violência dos colonos e a responsabilizar os perpetradores”. O exército israelense intensificou os ataques na Cisjordânia ocupada desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro de 2023.

Mais de 1.076 palestinos foram mortos e 10.700 ficaram feridos em ataques do exército e de colonos ilegais no território ocupado. Mais de 20.500 pessoas também foram presas.

Em um parecer histórico, em julho passado, a Corte Internacional de Justiça declarou ilegal a ocupação israelense do território palestino e exigiu a evacuação de todos os assentamentos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

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