Quarenta e sete atletas profissionais reivindicaram da União das Associações Europeias de Futebol (UEFA) que suspenda Israel, incluindo clubes e a seleção nacional, de eventos e torneios, devido ao genocídio em curso em Gaza.
A petição, divulgada à mídia, reiterou: “O esporte não pode ser neutro diante da injustiça. Silêncio é admitir que algumas vidas são mais importantes do que outras. Cremos em um princípio a todos os povos: justiça sem dois pesos, duas medidas”.
Os signatários são, em maioria, jogadores de futebol, como Cheick Doucouré, da seleção de Mali e do clube Crystal Palace, o marroquino Hakim Ziyech e o marroquino-holandês Anwar El Ghazi.
A medida segue um apelo de oito especialistas das Nações Unidas, de 23 de setembro, à UEFA e à Federação Internacional de Futebol (FIFA) pelo banimento de Israel, devido ao “genocídio em curso nos territórios palestinos”.
Apelos pela suspensão israelense seguem os moldes do boicote desportivo ao apartheid sul-africano e, mais recentemente, à Rússia, por sua invasão da Ucrânia.
Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde outubro de 2023, com ao menos 66 mil mortos, 168 mil feridos e dois milhões de desabrigados, sob cerco, destruição e fome. Dentre as mortes, cerca de 20 mil são crianças.
Em novembro, o Tribunal Penal Internacional (TPI), com sede em Haia, emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes de guerra e lesa-humanidade em Gaza.
Israel é ainda réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), também em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro de 2024.








