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Forças de Israel invadem dezenas de casas, prendem sete na Cisjordânia ocupada

30 de setembro de 2025, às 12h40

Soldados israelenses invadem Ramallah, na Cisjordânia ocupada, em 16 de setembro de 2025 [Issam Rimawi/Agência Anadolu]

Forças da ocupação israelense invadiram dezenas de casas e prenderam sete palestinos na segunda-feira (28), na aldeia de Kafr Sur, ao sul de Tulkarem, no norte da Cisjordânia, reportou a agência de notícias Anadolu.

Fawaz Hamzeh, chefe do conselho de Kafr Sur, ressaltou que o ataque teve início às três horas da madrugada no horário local. Tropas invadiram casas, saquearam propriedades e interrogaram residentes.

Tropas se espalharam por sete bairros, perturbando famílias. Uma residência foi tomada, convertida em posto militar e centro para interrogatórios, prosseguiu Hamzeh.

Para além de Kafr Sur, o exército ocupante conduziu incursões a múltiplas localidades da Cisjordânia, também na segunda-feira. Foram registrados ataques em Nablus e Qalqilya, no norte, e no campo de refugiados de al-Amari, em Ramallah, na região central.

Israel escalou ataques à Cisjordânia no contexto do genocídio em Gaza, com demolições de casas, deslocamento à força, pogroms coloniais contra palestinos nativos e expansão ilegal dos assentamentos. Oficiais israelenses prometem anexar o território.

Mais de mil palestinos foram mortos e dez mil feridos por forças e colonos israelenses na Cisjordânia, desde outubro de 2023. Outros dez mil foram aprisionados arbitrariamente, muitos sem julgamento ou acusação — reféns, por definição.

Em julho de 2024, em decisão histórica, o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) admitiu a ilegalidade da ocupação em Jerusalém Oriental e Cisjordânia, ao reivindicar a evacuação de colonos e soldados e reparações aos nativos; contudo, sem aval de Israel.

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