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Número de mortos em Gaza se aproxima de 65.000, com aumento de 428 para mortes por fome

21 de setembro de 2025, às 06h38

Familiares de palestinos que perderam a vida após os ataques israelenses contra pessoas que aguardavam ajuda humanitária na região de Tina, em Rafah, lamentam o transporte dos corpos do Hospital Nasser para o funeral em Khan Yunis, Gaza, em 16 de setembro de 2025. [Abed Rahim Khatib – Agência Anadolu]

Pelo menos 64.964 palestinos foram mortos na guerra genocida de Israel na Faixa de Gaza desde outubro de 2023, com o número de mortos por fome subindo para 428, incluindo 146 crianças, informou o Ministério da Saúde na terça-feira, segundo a Anadolu.

Em sua atualização diária, o ministério informou que 59 corpos foram levados a hospitais nas últimas 24 horas, enquanto 386 pessoas ficaram feridas, elevando o total de feridos para 165.312.

“Muitas vítimas ainda estão presas sob os escombros e nas estradas, pois os socorristas não conseguem alcançá-las”, acrescentou o comunicado.

O ministério informou que 112 pessoas ficaram feridas por disparos do exército israelense enquanto buscavam ajuda humanitária nas últimas 24 horas. Segundo o ministério, pelo menos 2.497 pessoas em busca de ajuda foram mortas e mais de 18.294 ficaram feridas pelo exército israelense desde 27 de maio.

O ministério confirmou três novas mortes nas últimas 24 horas, uma delas uma criança, causadas por desnutrição grave, elevando o número de mortes relacionadas à fome desde outubro de 2023 para 428, incluindo 146 crianças.

O ministério informou que pelo menos 150 palestinos, entre eles 31 crianças, morreram de fome desde agosto, quando a Classificação Integrada da Fase de Segurança Alimentar (IPC) declarou estado de fome na Cidade de Gaza. O IPC alertou que a crise se espalharia para Deir al-Balah e Khan Younis, no centro e sul de Gaza, até o final de setembro.

Israel fechou as travessias de Gaza desde 2 de março, impedindo a entrada de alimentos e caminhões de ajuda humanitária, apesar das centenas de pessoas aguardando na fronteira. A medida agravou o desastre humanitário no enclave, deixando os moradores sem acesso a suprimentos básicos.

O exército israelense retomou seus ataques à Faixa de Gaza em 18 de março e, desde então, matou 12.413 pessoas e feriu outras 53.271, rompendo um acordo de cessar-fogo e troca de prisioneiros firmado em janeiro.

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