O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, enalteceu neste domingo (14) protestos pró-Palestina que tomaram a tradicional competição de ciclismo La Vuelta deste ano, ao descrevê-los como “motivo de orgulho e exemplo à comunidade internacional”.
Durante evento de seu Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), em Málaga, Sánchez caracterizou os atos como manifestações antigenocídio, ao refletirem o compromisso da Espanha em defender os direitos humanos.
Conforme o premiê, seu governo “assumiu um passo adiante” em nome de causas justas, entre as quais a causa palestina.
Sánchez expressou admiração pelos cidadãos espanhóis que se mobilizaram em apoio e solidariedade aos palestinos de Gaza, ao reiterar a importância de que “um país diverso e multicultural como a Espanha” se una contra violações internacionais.
Os comentários de Sánchez sucederam a 18ª etapa da Vuelta — um dos três Grand Tours do ciclismo global. Organizadores tiveram de reduzir a etapa de 27.5 km a 12 km quando milhares de manifestantes bloquearam o trajeto.
A Espanha, junto da Irlanda, tomou a vanguarda europeia diante da escalada israelense nos territórios ocupados, ao reconhecer o Estado palestino em maio de 2024 e impor uma série de sanções desde então.
Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza há quase dois anos, com ao menos 64 mil mortos e dois milhões de desabrigados, sob cerco, destruição e fome. Dentre as mortes, ao menos dezoito mil são crianças.
Em novembro, o Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes de guerra e lesa-humanidade em Gaza.
O Estado israelense é réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), também em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro de 2024.








