A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) alertou para a escalada da crise humanitária em Gaza, ao ressaltar que um milhão de palestinos enfrentam “terrorismo renovado” por Israel, forçados a evacuação da Cidade de Gaza à véspera de uma invasão por terra.
Christopher Lockyer, secretário-geral da MSF, indicou que, para muitos, sobretudo idosos, grávidas, doentes e feridos, escapar do bombardeio é impossível. Lockyer advertiu que os deslocados sofrem ainda superlotação no centro e sul de Gaza, onde condições básicas de segurança e sobrevivência são inexistentes.
Lockyer destacou que a situação em Gaza supera o desastre humanitário, ao descrevê-la como “genocídio sistemático de toda uma população”.
O oficial denunciou ainda impunidade, ao notar 64 mil mortos, incluindo 20 mil crianças, pelas ações israelenses; contudo, ao apontar subnotificação.
Segundo a MSF, ninguém em Gaza está seguro, incluindo profissionais de saúde e mídia, para além da infraestrutura civil. O comunicado caracterizou a campanha como “ataque tanto a pedra quanto seres humanos”.
De acordo com o alerta, Israel alveja especialmente o sistema de saúde de Gaza, ao pôr pacientes, médicos, enfermeiros e socorristas em risco.
As ações são crime de guerra.








