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Sudão critica EUA por sanções a entidades e cidadãos, incluindo ministro

15 de setembro de 2025, às 12h37

Danos causados pela guerra no Sudão, na ilha de Tuti, em 19 de abril de 2025 [AFP/Getty Images]

O governo do Sudão condenou neste domingo (14) as sanções impostas por Washington a indivíduos e entidades do país, ao descrever as medidas como “unilaterais e improdutivas em alcançar a paz almejada”.

Em nota, o Ministério de Relações Exteriores do Sudão reiterou: “Tais medidas unilaterais não ajudam a conquistar nossos objetivos, incluindo a paz nacional e a preservação desta e da segurança internacional”.

“A melhor abordagem para resolver crises se embasa fundamentalmente no engajamento direto, em vez de pressupostos disseminados por agentes políticas que nada servem aos altos interesses do povo sudanês”, acrescentou.

A pasta notou ainda importância da soberania nacional.

Na sexta-feira (12), o governo dos Estados Unidos anunciou sanções contra o ministro das Finanças do Sudão, Gibril Ibrahim, além da Brigada al-Baraa Bin Malik, grupo alinhado ao exército sudanês.

O Departamento do Tesouro, em comunicado, afirmou alvejar “agentes islamitas [sic], por seu envolvimento na brutal guerra civil e suas conexões com o Irã”.

Segundo o regime Trump, as sanções buscam “limitar a influência islamita [sic] dentro do Sudão e conter as atividades regionais do Irã [sic], que colaboram para a desestabilização regional, conflito e sofrimento da população civil”.

Ibrahim foi líder do Movimento Justiça e Igualdade, grupo de Darfur que firmou um acordo de paz com o governo sudanês em 2020 e que hoje combate ao lado do exército.