O Egito confirmou nesta terça-feira (9) encaminhar uma carta ao Conselho de Segurança das Nações Unidas para advertir que ações unilaterais da Etiópia em sua nova barragem no Nilo violariam a lei internacional.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
Em sua mensagem, o ministro de Relações Exteriores do Egito, Badr Abdelatty, descreveu a inauguração da Grande Represa do Renascimento como “ato ilegal unilateral”.
“Qualquer engano de que o Cairo lavaria suas mãos a seus interesses existenciais no Nilo são mera ilusão”, declarou a carta. “O Egito não permitirá que a Etiópia imponha controle unilateral a recursos hídricos compartilhados”.
O Cairo insistiu ainda ter o direito de adotar quaisquer medidas sob a lei internacional e a Carta da ONU “para defender os interesses de seu povo”.
A chancelaria alegou comedimento e diplomacia, mas acusou o país vizinho de “manter-se intransigente, procrastinar negociações e buscar impor um fato consumado”.
A Etiópia não comentou as acusações até então.
A represa no Nilo Azul, projeto multibilionário, foi inaugurada nesta terça-feira (9) após 14 anos de obras e disputas com as nações a jusante Egito e Sudão, que temem impacto às suas porções de águas para consumo, energia e agricultura.
Apesar de mediação internacional e da União Africana, os três países não chegaram a um acordo vinculativo, de longo prazo, sobre a gestão dos recursos naturais.









