Mohammad bin Salman, príncipe herdeiro saudita, telefonou nesta terça-feira (9), ao emir do Catar, sheikh Tamim bin Hamad al-Thani, para expressar solidariedade com Doha após um ataque israelense sem precedentes ao Estado do Golfo.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
Bin Salman condenou a agressão de Israel como “ato criminoso” e “flagrante violação das leis e normas internacionais”, reportou sua imprensa estatal.
Mais cedo, o Ministério de Relações Exteriores saudita condenou “nos mais fortes termos a brutal agressão israelense e violação da soberania do Estado-irmão do Catar”, ao alertar ainda para “graves consequências” das transgressões israelenses.
O contexto parece ter descarrilado conversas por normalização entre regimes árabes e Tel Aviv, a despeito de compromissos regionais por um Estado palestino, desde a capitulação de Emirados Árabes Unidos, Marrocos e Bahrein, em 2020.
Mesmo Emirados advertiram contra riscos à “integração regional”. Nesta terça, indicaram ainda que “segurança dos Estados do Golfo é indivisível”, ao caracterizar a ação de Israel como “traiçoeira”.
Explosões abalaram Doha, capital do Catar, nesta terça. Tel Aviv reivindicou as explosões, ao admitir tentativa de assassinato de políticos do grupo Hamas, ligados às negociações por troca de prisioneiros e cessar-fogo em Gaza.
Trata-se de uma agressão inédita ao Catar, mediador da crise.
A escalada ocorre no contexto ao genocídio em Gaza — que se aproxima de seu segundo aniversário —, bem como avanços coloniais na Cisjordânia e bombardeios israelenses a Líbano, Iêmen, Síria e, mais recentemente, Irã.








