A Organização das Nações Unidas (ONU) voltou a alertar para a escalada de demolições e violência na Cisjordânia ocupada, ao mencionar aumento drástico em baixas palestinas nas mãos de soldados e colonos, reportou a agência Anadolu.
Stephane Dujarric, porta-voz, citou dados do Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), ao reiterar, em coletiva de imprensa, que “desde janeiro, ao menos 2.780 palestinos foram feridos por forças ou colonos israelenses”.
“Trata-se de 39% de aumento comparado ao último ano”, acrescentou. “Isso inclui quase 500 pessoas feridas por colonos israelenses, o dobro sobre o mesmo período”.
“Até segunda-feira (1°), o OCHA documentou a demolição de ao menos 1.150 estruturas em toda a Cisjordânia, neste ano, por falta de alvarás emitidos por Israel”, notou Dujarric. “Esses alvarás são quase impossíveis de obter para os palestinos”.
“Trata-se de 44% de aumento no período”, ressaltou.
Em seguida, aludiu a Gaza: “A ofensiva em curso na Cidade de Gaza se intensificou ainda mais hoje, com pico nos danos a civis e instalações das quais dependem para sobreviver. Mais cedo, hoje, forças israelenses atacaram um prédio de vários andares sob a alegação de ser usado para conduzir ataques contra eles. Informações preliminares apontam que tendas abrigando deslocados foram danificadas nos arredores. Também nos preocupa o anúncio de que novos prédios serão atacados em breve”.
Entre quarta e quinta-feira (4 e 5), o OCHA registrou em torno três mil movimentações do norte ao sul de Gaza, com total de 41 mil desde 14 de outubro.
Sobre o acesso humanitário, Dujarric indicou tentativas de coordenação de 29 operações junto à ocupação, em 48 horas, mas “dezenove foram prontamente negadas ou deferidas a princípio, mas adiadas ou ainda impedidas”.








