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Ministro das Relações Exteriores de Israel informa colega americano sobre planos de anexar a Cisjordânia, diz mídia israelense

1 de setembro de 2025, às 01h49

O Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio (D), encontra-se com o Ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa’ar (E), no Departamento de Estado, em Washington, Estados Unidos, em 27 de agosto de 2025. [Fatih Aktaş/ Agência Anadolu]

O Ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, informou ao Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, sobre a intenção de Israel de anexar a Cisjordânia ocupada, informou a mídia israelense no domingo.

O canal de notícias Walla, citando fontes familiarizadas com o assunto, afirmou que Saar enviou mensagens a Rubio durante sua reunião em Washington na quarta-feira sobre os preparativos de Israel para anexar o território ocupado nos próximos meses.

A emissora afirmou que um consenso foi alcançado dentro do governo israelense sobre a medida, mas há divergências quanto ao momento do anúncio.

O Knesset (parlamento) israelense já começou a discutir a anexação da Cisjordânia na última reunião, disseram as fontes.

Em 20 de agosto, Israel aprovou um grande projeto de assentamento, chamado E1, que visa dividir a Cisjordânia ocupada em duas partes, separando as cidades de Ramallah e Nablus, no norte, de Belém e Hebron, no sul, e isolando Jerusalém Oriental.

A comunidade internacional, incluindo a ONU, considera os assentamentos israelenses ilegais segundo o direito internacional. A ONU alertou repetidamente que a expansão contínua dos assentamentos ameaça a viabilidade de uma solução de dois Estados, uma estrutura vista como fundamental para resolver o conflito palestino-israelense, que já dura décadas.

Desde o início da guerra genocida de Israel na Faixa de Gaza, em outubro de 2023, pelo menos 1.016 palestinos foram mortos e mais de 7.000 feridos na Cisjordânia por forças israelenses e colonos ilegais, segundo o Ministério da Saúde.

Em um parecer consultivo em julho passado, a Corte Internacional de Justiça declarou ilegal a ocupação israelense de territórios palestinos e solicitou a evacuação de todos os assentamentos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

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