Francesa Albanese — relatora especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para os direitos humanos nos territórios palestinos ocupados — reiterou apelos para que a União das Associações Europeias de Futebol (UEFA) expulse Israel de seus torneios por crimes de guerra e lesa-humanidade cometidos em Gaza.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
“Vamos fazer do esporte livre do genocídio e livre do apartheid”, afirmou Albanese na rede social X (Twitter). “Um chute de cada vez, um gol de cada vez”.
“É hora de expulsar os assassinatos de suas competições”, acrescentou a relatora, ao marcar em sua postagem a conta oficial da UEFA.
Os comentários de Albanesa coincidem com um obituário da UEFA ao ex-atleta palestino Suleiman al-Obeid — descrito como “Pelé da Palestina”. A entidade, no entanto, omitiu as condições de sua morte: sob disparos israelenses enquanto buscava alimento.
Obaid morreu na quarta-feira (6), em um posto assistencial militarizado estabelecido pela chamada Fundação Humanitária de Gaza (GHF), estrutura israelo-americana imposta no lugar de mecanismos da ONU, denunciada como “armadilha mortal”.
Conforme as Nações Unidas, ao menos 1.373 palestinos foram mortos desde 27 de maio, quando o mecanismo foi implementado em meio ao cerco e a subsequente catástrofe de fome, incluindo centenas de crianças mortas.
Estima-se ao menos 800 atletas palestinos mortos por Israel em Gaza, desde outubro de 2023, à medida que a Federação Internacional de Futebol (FIFA) ainda prorroga suspender o Estado de apartheid israelense de seus eventos e competições.
Al-Obaid, de 41 anos, nasceu em Gaza e tinha cinco filhos. Em sua carreira, consagrou-se como um dos ícones do ascendente futebol palestino, bastante popular. Competiu em 24 partidas pela seleção nacional.
Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde outubro de 2023, com ao menos 62 mil mortos e dois milhões de desabrigados, sob cerco, destruição e fome.
O Estado israelense é réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro de 2024.








