A Suécia se juntou a Holanda nesta quinta-feira (31), ao reivindicar da União Europeia a suspensão do aspecto comercial do Acordo de Associação entre o bloco e Israel, como protesto pela deterioração das condições humanitárias na Faixa de Gaza.
“A situação em Gaza é absolutamente deplorável”, comentou o premiê Ulf Kristersson. “Israel não vem cumprindo suas obrigações mais básicas, ou compromissos acordados, no que concerne a assistência humanitária”.
Para Kristersson, “a pressão econômica deve aumentar”.
“O governo de Israel deve permitir acesso humanitário irrestrito a Gaza”, acrescentou.
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Previamente, a Holanda instou revisão do comércio entre Europa e ocupação. Segundo relatos, no entanto, a medida é obstruída por Alemanha e aliados.
O Acordo de Associação, assinado em Bruxelas em 1995, em vigor desde 2000, estende privilégios a Israel no mercado europeu. Trocas bilaterais chegaram a €46.8 bilhões em 2022, ao tornar a Europa o maior parceiro comercial de Israel.
Redes israelenses, incluindo impressos e televisão, veem a posição de Estocolmo como parte de um “tsunami diplomático”, em meio a uma escala de pressão contra os abusos israelenses em Gaza.
Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde outubro de 2023, com mais de 60 mil mortos e dois milhões de desabrigados, sob sítio, destruição e fome. A campanha é genocídio, como investigado pelo Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, desde janeiro de 2024.
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