A Agência das Nações Unidas para a Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) estimou que, desde outubro de 2023, o exército israelense matou o equivalente a uma sala de aula cheia de crianças por dia.
“Desde o início do genocídio em Gaza, em média, uma sala de aula lotada de crianças é morta todos os dias”, destacou Sam Rose, diretor interino da agência para Gaza.
Antes da deflagração da crise, que converteu as escolas da UNRWA em abrigos para os deslocados à força, o número de estudantes por classe orbitava entre 35 e 45 alunos, a depender dos recursos disponíveis.
As crianças estão entre as principais vítimas do genocídio realizado por Israel, ainda em curso, com 18 mil mortes e quase 17 mil admitidas nos hospitais. A infância em Gaza é também subjugada por ondas de deslocamento, fome e sede.
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Segundo a UNRWA, crianças constituem metade da população de Gaza — que totaliza 2.4 milhões de pessoas.
A campanha israelense no enclave sitiado — investigada como genocídio pelo Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia — deixou mais de 197 mil civis mortos e feridos, além de 11 mil desaparecidos e dois milhões de desabrigados.
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