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Oficiais israelenses desmentem Netanyahu sobre a presença de 4 brigadas do Hamas em Rafah

11 de maio de 2024, às 13h22

Tropas de artilharia israelenses estacionadas na fronteira de Rafah lançam ataque ao sul da Faixa de Gaza, em Israel, em 08 de maio de 2024. [Mostafa Alkharouf/ Agência Anadolu]

Autoridades israelenses descartaram a presença de quatro batalhões do Hamas em Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza, perto da fronteira egípcia, contrariando as afirmações do primeiro-ministro da ocupação, Benjamin Netanyahu, que retratou a invasão de Rafah como um importante ponto de virada para eliminar o Hamas e alcançar a “vitória absoluta”.

O jornal israelense Yedioth Ahronoth informou na sexta-feira que, apesar da afirmação de Netanyahu de que há quatro brigadas do Hamas em Rafah e que uma operação militar deve ser realizada, suas declarações são imprecisas.

O jornal citou três oficiais israelenses informados, que não foram citados, revelando: “Não há mais quatro batalhões do Hamas em Rafah, pois grande parte da força de combate deixou a cidade e seus subúrbios e se mudou para Khan Yunis, e talvez também para os campos no centro. Cerca de dois batalhões permanecem a oeste da cidade, aparentemente na área de Tel Al-Sultan.”

O jornal considerou que esse movimento do Hamas indica como toda a guerra está sendo administrada, pois: “A organização ainda não tentou travar batalhas grandes e em larga escala com o exército israelense. Ela sabe que não tem chance contra uma divisão do exército israelense. O plano de Sinwar era e ainda é simples: O Hamas permanecerá na clandestinidade por um período maior do que o exército israelense pode permanecer acima dele”.

O jornal citou, como exemplo, o anúncio do exército de ocupação israelense na quinta-feira sobre o início de uma operação militar no bairro de Al-Zaytoun, em Gaza, que “o exército parecia ter ocupado há cerca de dois meses e depois saido”, indicando que as forças do Hamas estão retornando às áreas que o exército deixou e não ocupa mais.

Ele acrescentou que Netanyahu“não concordou, de forma alguma, com a introdução de outra força na Faixa. Não os homens do Fatah de Majid Faraj, de acordo com um plano preparado pelo Ministro da Segurança e pelo Shin Bet, e certamente não a Autoridade Palestina”.

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