O presidente da França, Emmanuel Macron, condenou o bombardeio israelense ao Hospital Baptista al-Ahli, na Cidade de Gaza, na noite de terça-feira (17), ao pedir que seja autorizada a entrada de ajuda humanitária ao território sitiado.
Nesta terça-feira (17), um ataque aéreo israelense atingiu o Hospital Baptista no 11° dia de
bombardeios intensos contra a Faixa de Gaza, deixando ao menos 500 mortos. Estimativas apontam para mais de mil vítimas, à medida que corpos são retirados dos escombros.
Declarou Macron em sua página da rede social X (Twitter): “Nada pode justificar atacar um hospital. Nada justifica atacar civis. A França condena o ataque ao hospital al-Ahli de Gaza, com tantas e tantas vítimas palestinas. Nossas preces estão com elas. É preciso trazer à luz as circunstâncias”.
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Sobre os comboios de assistência humanitária que aguardam acesso via Egito, impedidos pelos bombardeios israelenses, acrescentou o presidente: “O acesso humanitário a Gaza deve ser permitido sem demora”.
Seu Ministério de Relações Exteriores corroborou: “Todos têm de respeitar a lei humanitária internacional e permitir a proteção de populações civis. É preciso abrir o acesso humanitário a Gaza sem demora”.
Logo após o ataque, Israel aventou a versão de que a explosão decorreu de um foguete disparado pela resistência palestina. A escala da destruição e registros de vídeo, porém, demonstram o contrário, com elementos característicos da tecnologia bélica israelense.
Hananya Naftali, assessor de Netanyahu, chegou a vangloriar-se do ataque na rede social X (Twitter): “A Força Aérea de Israel atingiu uma base terrorista do Hamas [sic] dentro de um hospital em Gaza. Diversos terroristas mortos [sic]”. Mais tarde, apagou a postagem.
Antes de atacar o hospital, Israel instruiu sua evacuação, apesar de alertas internacionais de que não seria possível transferir pacientes que dependem de suporte para sobreviver, como bebês recém-nascidos e pacientes de diálise e quimioterapia.
As alegações de Tel Aviv foram desmentidas também pelo especialista em armas e veterano do exército americano, Dylan Griffith, que confirmou ao MEMO que as imagens e o barulho oriundo do ataque são característicos de projéteis JDAM, de fabricação americana, comuns durante ofensivas no Afeganistão e outros massacres israelenses na Faixa de Gaza.
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