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Corregedor de Israel critica falta de clareza nas negociações sobre soldados desaparecidos

4 de janeiro de 2023, às 10h31

Polícia israelense isola área para demolição de uma casa palestina em Jerusalém ocupada [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]

Nesta terça-feira (3), o Corregedor Público do Estado de Israel Matanyahu Englman alertou que a descrição do trabalho do negociador-chefe para a pasta de soldados desaparecidos jamais foi estabelecida por nenhuma autoridade.

As informações são do jornal Times of Israel.

Há anos, os negociadores agem sem sequer responsabilidade, jurisdição ou detalhes de função, estipulados pelo gabinete do primeiro-ministro, argumentou Englman.

O último negociador-chefe, Yaron Blum, renunciou em outubro após quase cinco anos no cargo. Seu antecessor, Lior Lotan, serviu entre 2014 e 2017.

A Comissão Shamgar do Knesset (parlamento), em 2012, estabeleceu condições para uma troca de prisioneiros, mas jamais foi adiante por ações dos sucessivos governos israelenses. Englman observou que uma única reunião de segurança, em junho de 2014, abordou o relatório.

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“A corregedoria concluiu que não houve qualquer discussão adicional por parte do governo, do gabinete [de segurança] ou de qualquer outro comitê de ministros, relativo as recomendações da Comissão Shamgar”, destacou Englman.

Englman reiterou que as informações sobre o cargo não foram transmitidas adequadamente ao atual incumbente. De fato, o próprio negociador-chefe recebeu informações “mínimas” sobre o trabalho de seu predecessor.

Segundo o Times of Israel, um parente de um dos israelenses mantidos em custódia na Faixa de Gaza – como prisioneiro de guerra – afirmou a Englman que seu encontro com o negociador foi “vazio de conteúdo”, sem qualquer “informação significativa” sobre esforços de retorno.