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Israel fecha Túmulo dos Patriarcas aos muçulmanos devido ao Ano Novo Judaico

26 de setembro de 2022, às 15h30

Escavações israelenses ao redor do Túmulo dos Patriarcas (Mesquita Abraâmica) em Hebron (Al-Khalil), na Cisjordânia ocupada, em 22 de fevereiro de 2022 [Issam Rimawi/Agência Anadolu]

O exército israelense fechou o Túmulo dos Patriarcas (Mesquita Abraâmica), na cidade de Hebron (Al-Khalil), na Cisjordânia ocupada, a todos os muçulmanos em meio às celebrações do Ano Novo Judaico, nesta segunda-feira (26), segundo informações da agência Anadolu.

“O exército israelense impediu o chamado à oração da mesquita e proibiu o acesso de fiéis muçulmanos”, confirmou Ghassan al-Rajabi, diretor do santuário islâmico. Segundo al-Rajabi, no entanto, colonos ilegais israelenses obtiveram salvo-conduto e escolta das forças ocupantes.

Reverenciada por muçulmanos, judeus e cristãos, o complexo em Hebron é considerado o local de sepultamento dos profetas Abraão, Isaac e Jacob.

Em 1994, o extremista judeu Baruch Goldstein cometeu uma chacina dentro da mesquita, ao assassinar 29 fiéis palestinos. Em seguida, autoridades israelenses dividiram o complexo entre muçulmanos e judeus, como forma de apropriar-se do local.

Em julho de 2017, a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) designou oficialmente a Mesquita Abraâmica e a Cidade Velha de Hebron (Al-Khalil) como Patrimônio Mundial da Humanidade.

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