Nesta segunda-feira (22), prisioneiros palestinos mantidos em custódia nas cadeias de Israel se recusaram a colaborar com revistas de segurança como parte de seu protesto contra os abusos da ocupação, reportou uma ong local, segundo informações da agência Anadolu.
“Mais de 4.500 detentos em todas as cadeias de Israel deram seu primeiro passo para protestar contra a legislação prisional”, reportou em comunicado a Sociedade dos Prisioneiros Palestinos.
Os prisioneiros acusam as autoridades carcerárias da ocupação de rescindir acordos firmados em março, sob os quais suspenderam suas ações de protesto e boicote. Os presos denunciam transferência arbitrária, sobretudo de mulheres, como uma das violações.
Como parte dos protestos, os prisioneiros se recusaram a deixar suas celas para revistas de rotina, que ocorrem toda segunda e quarta-feira.
“As ações devem culminar em uma greve de fome coletiva realizada por prisioneiros de todas as facções palestinas, após duas semanas”, advertiu a ong.
Conforme estimativas, há atualmente cerca de 4.550 prisioneiros palestinos nas cadeias de Israel, incluindo 175 menores e 27 mulheres. Destes, ao menos 670 pessoas continuam em custódia sem julgamento ou acusação – sob “detenção administrativa”.
Por anos, os palestinos encarcerados por Israel adotam a greve de fome como principal meio de reivindicar melhores condições e fim de suas detenções sem prazo previsto ou sequer acusação.
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