Nesta terça-feira (19), tropas da ocupação israelense demoliram a aldeia árabe de al-Araqeeb, situada no deserto do Negev (Naqab), pela 204ª vez, declarou Aziz al-Turi, membro do Comitê de Defesa de al-Araqeeb, à agência de notícias Anadolu.
Segundo al-Turi, autoridades sionistas “invadiram a aldeia e demoliram suas casas pela 204ª vez”. Al-Turi reiterou que a comunidade palestina “reconstruirá sua aldeia”.
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A última vez que Israel demoliu al-Araqeeb foi no fim de junho.
As casas de al-Araqeeb são feitas de madeira, plástico e chapas de aço e abrigam 22 famílias.
Israel demoliu a aldeia pela primeira vez em julho de 2010; desde então, a aldeia vive um ciclo de destruição e reconstrução.
Al-Araqeeb é uma das 51 comunidades árabes “não-reconhecidas” na região do Negev, alvo regular de demolições para dar lugar a assentamentos exclusivamente judaicos. Tratores de Israel – pelos quais os beduínos são cobrados – destroem tudo: residências, árvores a caixas d’água.
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A ong israelense Zochrot confirmou que al-Araqeeb foi construída pela primeira vez no período otomano, após residentes palestinos comprarem as terras. Conforme a Zochrot, as autoridades sionistas tentam expulsar a comunidade árabe para adquirir controle do território.
Os beduínos no Negev são sujeitos às mesmas leis e tributos que cidadãos judeus; contudo, não desfrutam dos mesmos direitos e serviços. O estado sionista recusa-se a conectar suas aldeias a redes nacionais de água, energia e outras amenidades vitais.
Dezenas de outras comunidades beduínas do Negev enfrentam a mesma ameaça de expulsão nas mãos da ocupação de Israel, reafirmou a ong Zochrot.








