Oficiais do governo iemenita houthi acusaram “elementos da Al Qaeda” de demolir uma mesquita histórica na província de Hudaydah, neste sábado (9).
A Autoridade Geral de Recursos Religiosos (Awqaf), radicada na capital Sanaa, condenou a destruição de partes da Mesquita de al-Noor, na área de al-Qataba, ao norte do distrito de Khokha. A Mesquita de al-Noor tem 700 anos de história.
A agência governamental culpou o grupo terrorista Al Qaeda pelo ataque, ao vinculá-lo a Abu Zara’a al-Maharami, membro do Conselho Presidencial estabelecido pela intervenção saudita em favor do governo aliado.
A demolição sucede uma investida similar contra a Mesquita de al-Qataba, na mesma região, em meados de maio, atribuída a forças da coalizão saudi-emiradense.
A compartilhar uma imagem da fachada danificada no Twitter, afirmou um porta-voz do grupo houthi: “Takfiris [muçulmanos sectários] – ferramenta da agressão – destruíram uma mesquita histórica de 700 anos na província de Hudaydah, por puro ódio pelo patrimônio iemenita”.
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A gestão houthi somou o episódio a violações cometidas pela coalizão saudita e grupos mercenários, acusados de destruir centenas de sítios arqueológicos e marcos históricos.
Após as demolições recentes, a autoridade de Awqaf fez um apelo a entes internacionais e à Organização das Nações Unidas (ONU) para que protejam e preservem lugares históricos do país assolado pela guerra.
A Brigada dos Gigantes – grupo paramilitar filiado aos Emirados Árabes Unidos, sediado na costa oeste do Iêmen – negou qualquer envolvimento na demolição da mesquita; contudo, admitiu que integrantes agiram em “capacidade pessoal” durante o episódio.
A milícia prometeu punir os membros implicados na destruição de al-Noor e instou autoridades de segurança em Hudaydah e na costa oeste a investigar o caso.








