Advogados e analistas palestinos criticaram a decisão do presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, de fundir a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) com instituições da AP, informou a Quds Press na sexta-feira.
Abbas decidiu recentemente fundir a OLP com a AP – uma medida descrita pelo advogado palestino Mustafa Shatat como “uma violação perigosa do status da OLP”.
Shatat reiterou: “A AP é uma instituição subordinada da OLP, não o contrário. A OLP deve continuar desfrutando desse status até a libertação da Palestina – razão pela qual foi criada”.
Enquanto isso, o ex-juiz Ahmed Al-Ashqar expressou: “Houve tentativas desesperadas de derreter o status legal da OLP, tornando a OLP subordinada ao sistema legal da AP e adicionando-a aos resultados dos Acordos de Paz de Oslo”.
O jornalista palestino Mustafa Al-Sawwaf indicou: “O verdadeiro significado da decisão de Abbas é liquidar a OLP, o que lhe causou dor de cabeça. A fusão da OLP com a AP significa que os palestinos que vivem nas terras ocupadas em 1948 (Israel) não são palestinos, mas árabes que vivem na entidade sionista.”
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Al-Sawwaf enfatizou: “A OLP é propriedade de todo o povo palestino onde quer que esteja. Agora, eles têm que anunciar um novo órgão que represente seus direitos legítimos”.
O Hamas expressou sua rejeição à decisão de Abbas e a descreveu como uma “grave violação” dos princípios palestinos.
“O Hamas vê todas as medidas recentes tomadas pela liderança da AP como uma grave violação de todos os acordos mediados pelos árabes para reformar a OLP, pois afeta seriamente a representação coletiva do povo palestino”, disse o chefe do Departamento de Relações Nacionais do Hamas no Exterior, Ali Baraka, na sexta-feira.








