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Governo israelense deve aprovar inquérito sobre submarinos alemães

23 de janeiro de 2022, às 13h15

Então premiê israelense Benjamin Netanyahu durante cerimônia de chegada do INS Rahav, quinto submarino fabricado na Alemanha e adquirido por Tel Aviv, no porto militar de Haifa, em 12 de janeiro de 2016 [JACK GUEZ/AFP via Getty Images]

O governo israelense deve votar neste domingo (23) a abertura de uma comissão de inquérito para analisar suspeitas de corrupção em uma acordo de cinco anos envolvendo submarinos alemães, que tornaram-se conhecidas na imprensa como “Caso 3000”.

O Ministro de Relações Exteriores Yair Lapid descreveu as denúncias como “o mais grave caso de corrupção no setor de segurança da história de Israel”. Acrescentou: “Não podemos deixar pedra sobre pedra na busca pela verdade”.

Na última semana, o Ministro da Defesa Benny Gantz afirmou que a “abertura de uma comissão de inquérito é uma medida necessária para manter a segurança de Israel”.

O caso refere-se a dois acordos assinados pelo governo israelense e pela corporação alemã Thyssenkrupp, envolvendo a compra de três submarinos por três bilhões de euros (US$3.4 bilhões), equivalente ao dobro do valor original.

A negociação foi supostamente maculada por má conduta de oficiais israelenses, incluindo um ex-comandante máximo do exército sionista.

Um inquérito anterior não citou o então primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, indiciado por corrupção. No entanto, espera-se que a nova investigação examine suas ações durante o processo e mesmo a necessidade de adquirir as embarcações.

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