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Israel arranca 8.000 árvores na Cisjordânia em uma semana, causando prejuízos de US$ 7 milhões

27 de dezembro de 2025, às 09h57

Soldados israelenses observam enquanto veículos de construção israelenses destroem terras agrícolas e arrancam oliveiras centenárias na vila de Karyut, ao sul da cidade de Nablus, na Cisjordânia, em 8 de dezembro de 2025. [Issam Rimawi – Agência Anadolu]

Israel arrancou e destruiu mais de 8.000 árvores, a maioria oliveiras, na Cisjordânia em apenas uma semana, de acordo com documentos divulgados pelo Ministério da Agricultura palestino na quinta-feira. O ministério estimou os prejuízos financeiros em cerca de US$ 7 milhões.

O Ministério da Agricultura afirmou que as forças do exército israelense e colonos realizaram os ataques como parte de uma escalada crescente que visa diretamente o setor agrícola e as fontes de segurança alimentar nas áreas palestinas.

Descreveu a situação como uma escalada “perigosa e em rápida ascensão”, observando que os ataques ocorreram durante a terceira semana de dezembro e fazem parte do que chamou de política sistemática destinada a tomar terras e remover seus moradores originais.

De acordo com o relatório, a maioria dos ataques se concentrou no norte e no centro da Cisjordânia. As forças israelenses arrancaram cerca de 5.000 oliveiras na cidade de Silat al-Harithiya, a oeste de Jenin, e outras 3.000 oliveiras em Turmus Ayya, a leste de Ramallah.

O Ministério também registrou operações de arrasto com tratores que destruíram 156 oliveiras em Mukhmas, a leste de Jerusalém, e 100 figueiras nas cidades de Ramin e al-Nazla al-Sharqiya, na região de Tulkarm.

Outros danos incluíram o arranque de 13 oliveiras na aldeia de Al-Funduk, a leste de Qalqilya, e de 19 oliveiras, incluindo 10 árvores antigas, em Deir Istiya, em Salfit, e em Al-Minya, em Belém.

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