Mulheres palestinas detidas na prisão israelense de Damon, em Haifa, sofrem abusos, incluindo espancamentos e a remoção forçada de seus véus, informou nesta segunda-feira o Gabinete de Imprensa dos Prisioneiros, segundo a Anadolu.
Um comunicado do gabinete afirmou que os guardas da prisão forçaram as mulheres detidas a irem para o pátio, fizeram com que se sentassem no chão, removeram seus véus e as agrediram.
Cães e granadas de efeito moral também foram usados contra as mulheres, segundo o comunicado, que classificou o abuso como uma “violação flagrante de todas as leis e normas humanitárias”.
Várias detentas ficaram feridas em decorrência das agressões, que ocorreram em quatro ocasiões distintas em dezembro, informou o escritório.
O órgão responsabilizou Israel integralmente pela segurança das mulheres detidas e alertou para os riscos representados pelo que descreveu como um padrão contínuo de repressão.
O escritório apelou para que organizações de direitos humanos e humanitárias tomem medidas urgentes para interromper o que descreveu como uma escalada de violações contra mulheres detidas na prisão de Damon.
Mais de 9.300 palestinos, incluindo mulheres e crianças, permanecem detidos em prisões israelenses, onde muitos enfrentam abusos, fome e negligência médica, o que já levou a múltiplas mortes, de acordo com organizações de direitos humanos israelenses e palestinas.
O exército israelense matou quase 71.000 palestinos, em sua maioria mulheres e crianças, e feriu mais de 171.000 em ataques na Faixa de Gaza desde outubro de 2023. Os militares e colonos ilegais também mataram pelo menos 1.102 palestinos na Cisjordânia ocupada e feriram quase 11.000 durante o mesmo período.
