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Deputado do Hezbollah afirma que a rendição “não tem lugar” e reafirma o direito à autodefesa

22 de dezembro de 2025, às 12h36

Um grupo de manifestantes, portando faixas, cartazes e fotos de membros do Hezbollah mortos pelo exército israelense na cidade, juntamente com bandeiras libanesas, se reúne para realizar uma manifestação carregando bandeiras do Hezbollah após o embaixador dos EUA em Ancara e enviado especial para a Síria, Tom Barrack, cancelar sua visita planejada a Khiam, cidade na fronteira com Israel, e à cidade costeira de Tiro, no sul do Líbano, em Khiam, Líbano, em 27 de agosto de 2025. [Ramiz Dallah/ Agência Anadolu]

Um deputado do Hezbollah afirmou que a rendição “não tem lugar” no vocabulário do movimento, enfatizando seu direito de se defender em caso de ataque.

Em declarações feitas no domingo, o deputado do Hezbollah, Hussein Hajj Hassan, durante um encontro político organizado pelo departamento de relações públicas do Hezbollah no Vale do Bekaa, afirmou:

Hajj Hassan disse que Israel está exercendo pressão política, militar e de segurança com o objetivo de eliminar a resistência e seu armamento. “Dizemos a eles que a resistência permanece e está pronta para defender o Líbano e seus interesses”, declarou.

Ele acrescentou que as prioridades do Líbano — “a resistência, o povo e o exército” — são deter a agressão, garantir a retirada das forças de ocupação israelenses do território libanês, assegurar a libertação dos prisioneiros, iniciar a reconstrução e dialogar sobre uma estratégia de defesa nacional.

Hajj Hassan afirmou que o Líbano cumpriu a Resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU, enquanto Israel não o fez e não respeitou o acordo de cessação das hostilidades.

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“A rendição não faz parte do nosso vocabulário e temos o direito de nos defender se formos atacados”, declarou. O deputado do Hezbollah também afirmou que o grupo apoia a realização das eleições na data prevista. Ele afirmou que tentativas foram feitas nos últimos anos para isolar ou enfraquecer a aliança nacional xiita, mas ressaltou que as relações entre o Hezbollah e o Movimento Amal permanecem fortes e continuam a se aprofundar.

Suas declarações vêm um dia depois de o primeiro-ministro libanês, Nawaf Salam, ter afirmado que a primeira fase do plano estatal de controle de armas — que abrange áreas ao sul do rio Litani — está perto de ser concluída.

Salam disse que o governo está preparado para avançar para a segunda fase do plano, que se estenderia ao norte do rio Litani, com base em uma proposta elaborada pelo Exército Libanês a pedido do governo.

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