O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, condenou veementemente na sexta-feira a mais recente detenção de 10 funcionários da ONU pelos Houthis no Iêmen, elevando o número total de funcionários detidos para 69, segundo a Anadolu.
O porta-voz Stephane Dujarric declarou em coletiva de imprensa que “essas detenções tornam insustentável a entrega de assistência humanitária da ONU em áreas controladas pelos houthis”, afetando “milhões de pessoas necessitadas e limitando seu acesso a ajuda vital”.
Segundo Dujarric, Guterres também pediu a libertação imediata e incondicional de todo o pessoal detido arbitrariamente da ONU, de organizações não governamentais e da sociedade civil e de missões diplomáticas, instando os “houthis a revogarem o encaminhamento do pessoal da ONU para processo judicial”.
“Ele também pede o respeito ao direito internacional, incluindo os privilégios e imunidades da ONU e de seu pessoal, que são essenciais para viabilizar a ação humanitária em um ambiente seguro e pautado por princípios”, afirmou Dujarric.
Enfatizando o compromisso da ONU “em garantir a libertação de todos os colegas da ONU detidos”, o porta-voz disse que Guterres “se solidariza com as famílias e comunidades afetadas no Iêmen”.
O Iêmen mergulhou em uma guerra civil quando o grupo Houthi, apoiado pelo Irã, tomou o controle da capital do país, Sanaa, em 2014. Diferentes grupos, incluindo os Houthis, o Conselho de Liderança Presidencial e o Conselho de Transição do Sul, controlam agora distintas partes do país devastado pela guerra.
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