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Netanyahu aprova lei para levar combatentes de elite do Hamas a julgamento

19 de dezembro de 2025, às 15h07

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, discursa em Jerusalém em 16 de outubro de 2025. [Alex Kolomoisky/ POOL / AFP via Getty Images]

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, aprovou uma proposta para levar a julgamento combatentes das Brigadas al-Qassam do Hamas. Ao mesmo tempo, rejeitou uma iniciativa separada do ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, de extrema-direita, para incluí-los em uma lei de pena de morte mais abrangente que o ministro está promovendo, segundo o jornal Yedioth Ahronoth (Ynet).

A proposta foi apresentada pelo deputado Simcha Rothman, do partido de extrema-direita Sionismo Religioso, e pela deputada Yulia Malinovsky, do partido Yisrael Beiteinu.

Segundo o Ynet, a proposta deverá ser levada à primeira votação no Knesset (parlamento) na próxima semana.

De acordo com o projeto de lei, seria criado um tribunal militar com poderes sem precedentes.

Os julgamentos seriam transmitidos em um site dedicado, e as acusações contra os combatentes de elite poderiam resultar em pena de morte. Alguns dos combatentes deverão enfrentar acusações como “assassinato, estupro, sequestro e saque”.

O tribunal militar receberia autoridade excepcional para se afastar dos procedimentos legais padrão. Isso teria como objetivo proteger as vítimas e suas famílias, manter as sessões do julgamento confidenciais e salvaguardar o interesse público.

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