Pelo menos 40 palestinos foram detidos pelo exército israelense em incursões militares na Cisjordânia ocupada, informou um grupo de defesa dos direitos dos prisioneiros nesta quarta-feira, segundo a Agência Anadolu.
Uma criança e ex-prisioneiros estavam entre os detidos nas incursões que atingiram as cidades de Salfit, Jenin, Belém, Ramallah, Nablus, Tulkarem e Hebron, informou a Sociedade Palestina de Prisioneiros em um comunicado.
As forças israelenses invadiram diversas casas, cometeram atos de violência contra palestinos e vandalizaram suas propriedades durante as incursões, segundo o comunicado.
Testemunhas disseram à Anadolu que forças especiais israelenses, apoiadas por reforços militares, invadiram o bairro leste da cidade de Jenin ao amanhecer e transformaram uma casa em um posto militar.
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Após a incursão, o Ministério da Educação palestino suspendeu as aulas em Jenin para garantir a segurança dos alunos.
Segundo dados palestinos, quase 21.000 pessoas foram detidas pelo exército israelense na Cisjordânia desde o início da guerra em Gaza, em outubro de 2023.
Na região central da Cisjordânia, colonos israelenses ilegais incendiaram dois veículos pertencentes a palestinos em Ramallah e picharam slogans racistas nas paredes de casas, informaram fontes locais à Anadolu.
O exército israelense intensificou seus ataques na Cisjordânia ocupada desde o início da guerra em Gaza, em outubro de 2023.
As forças israelenses e os colonos ilegais mataram pelo menos 1.097 palestinos na Cisjordânia ocupada, incluindo Jerusalém Oriental, feriram quase 11.000 e detiveram cerca de 21.000 desde outubro de 2023, de acordo com dados palestinos.
Em um parecer histórico em julho passado, o Tribunal Internacional de Justiça declarou ilegal a ocupação israelense do território palestino e exigiu a evacuação de todos os assentamentos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
