O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, disse na quinta-feira que aceitou um convite de seu homólogo libanês, Youssef Raggi, para visitar Beirute e iniciar “um novo capítulo” nas relações bilaterais, segundo a Anadolu.
Raggi recusou na quarta-feira um convite de Araghchi para visitar Teerã e sugeriu que as conversas fossem realizadas em um terceiro país neutro.
Em uma declaração na rede social americana X, Araghchi considerou a recusa de Raggi ao seu convite “desconcertante”.
“Ministros das Relações Exteriores de nações com relações diplomáticas fraternas e plenas não precisam de um local ‘neutro’ para se encontrarem”, afirmou. “Sujeito à ocupação israelense e às flagrantes violações do cessar-fogo, compreendo perfeitamente por que meu estimado homólogo libanês não está disposto a visitar Teerã.”
Autoridades iranianas criticaram a decisão do governo libanês de desarmar o Hezbollah, uma posição que gerou críticas vindas de Beirute.
Na quarta-feira, o ministro das Relações Exteriores do Líbano defendeu o estabelecimento de relações entre o Líbano e o Irã baseadas no respeito mútuo à soberania de ambos os países e na não interferência em assuntos internos.
Em 5 de agosto, o governo libanês aprovou um plano, baseado em uma proposta preliminar apresentada pelo enviado especial dos EUA, Tom Barrack, para colocar todas as armas — incluindo as do Hezbollah — sob controle estatal e incumbiu o exército de implementar o plano até o final de 2025.
O Hezbollah rejeitou repetidamente a medida e insiste que as forças israelenses devem se retirar completamente do território libanês antes de depor as armas.








