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Grupo muçulmano dos EUA exige registros de comunicações do governador da Flórida com autoridades israelenses

15 de dezembro de 2025, às 02h17

O candidato republicano à presidência, o governador da Flórida Ron DeSantis, discursa durante uma coletiva de imprensa na qual assinou um projeto de lei para proteger os direitos digitais dos floridianos, em 6 de junho de 2023, em Wildwood, Flórida. [Paul Hennessy/ Agência Anadolu]

O Conselho de Relações Americano-Islâmicas (CAIR) entrou com um pedido de acesso a registros públicos na quinta-feira junto ao estado da Flórida, buscando comunicações entre o gabinete do governador Ron DeSantis, autoridades do governo israelense e “grupos de ódio anti-muçulmanos”, segundo a Anadolu.

O CAIR afirmou na rede social americana X que busca “todas e quaisquer comunicações” relacionadas ao “ataque ilegal e difamatório de DeSantis contra o CAIR-Flórida e a comunidade muçulmana da Flórida”.

O diretor de Assuntos Governamentais do CAIR, Robert McCaw, acusou DeSantis de ter um “longo histórico de estreita colaboração com grupos de ódio anti-muçulmanos e autoridades do governo israelense que passaram anos tentando silenciar americanos que defendem os direitos humanos dos palestinos”.

“O povo da Flórida tem o direito de saber se o governador DeSantis colaborou com um governo estrangeiro ou com grupos de ódio”, disse McCaw.

A demanda surge após a designação do CAIR como uma organização terrorista estrangeira por DeSantis. O CAIR-Flórida prometeu lutar contra a ordem, classificando-a como ilegal e um ataque crescente à defesa dos direitos civis no estado. DeSantis defendeu a designação e disse que acolheu o processo.

O Texas também designou o CAIR como uma organização terrorista.

O CAIR, fundado em 1994 e com sede em Washington, é o maior grupo de defesa dos direitos civis e da população muçulmana nos EUA.