O parlamento líbio denunciou o pedido da Grécia para cancelar um memorando de entendimento assinado entre Trípoli e Ancara em 2019 sobre a delimitação da fronteira marítima, descrevendo-o como “uma clara violação da soberania nacional”, relata a Anadolu.
No domingo, durante sua reunião em Atenas com seu homólogo líbio, Aguila Saleh, o presidente do Parlamento grego, Nikitas Kaklamanis, afirmou que o acordo marítimo entre Turquia e Líbia de 2019 deve ser revogado.
“Acompanhamos com espanto e desaprovação as repetidas declarações feitas por autoridades gregas, as mais recentes atribuídas ao presidente do Parlamento grego, que continham apelos explícitos à interferência nos assuntos internos da Líbia”, disse Misbah Ouhida, segundo vice-presidente do Parlamento líbio, em um comunicado.
Ouhida classificou as declarações do presidente grego como “uma clara violação da soberania nacional”.
Ele reafirmou seu respeito pelos “princípios da boa vizinhança e das relações bilaterais baseadas no respeito mútuo”.
“A Líbia é um Estado plenamente soberano e somente ela conhece seus interesses supremos e sabe como protegê-los”, disse ele, rejeitando “qualquer forma de interferência nas decisões soberanas da Líbia ou qualquer tentativa de uma parte externa de impor diretrizes políticas a ela”.
O acordo diz respeito à delimitação das fronteiras marítimas entre a Líbia e a Turquia. A Grécia alega que o acordo constitui um “ataque” à sua zona econômica exclusiva.
Em relação ao acordo com a Turquia, Ouhida afirmou que os acordos firmados pelo Estado “são decisões soberanas regidas por leis e normas internacionais, e nenhum país tem o direito de ditar à Líbia se deve ratificá-los, abandoná-los ou cancelá-los”.
Ele instou “o lado grego a exercer moderação, respeitar a soberania da Líbia e cessar as tentativas de interferir nos assuntos internos da Líbia”.
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