General israelense afirma que Hamas não manteve a família Bibas em cativeiro, expondo propaganda de Israel

9 horas ago

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Velas de Hanukkah são acesas nos lugares reservados na mesa festiva para a família Bibas, em 9 de dezembro de 2023, em Tel Aviv, Israel [David Silverman/Getty Images]

Um general israelense de alta patente admitiu que a família Bibas não foi sequestrada pelo Hamas durante os ataques de 7 de outubro, mas por uma facção palestina independente. A revelação gerou novas acusações de que o governo israelense instrumentalizou o sofrimento da família para justificar sua campanha genocida em Gaza.

O major-general Nitzan Alon, chefe cessante do Quartel-General de Reféns e Pessoas Desaparecidas de Israel, revelou ao jornal Yedioth Ahronoth que a família Bibas, na verdade, foi sequestrada pelas Brigadas Mujahideen, um grupo menor não afiliado ao Hamas. Alon afirmou que as autoridades israelenses chegaram a informar o Hamas sobre a identidade dos sequestradores, numa tentativa de localizar os reféns.

“Vejam o caso da família Bibas, por exemplo. Sabíamos quem os sequestrou”, disse Alon. “Informamos ao Hamas quem eram os sequestradores para que pudessem localizar os corpos e devolvê-los.”

Shiri Bibas, de 32 anos, e seus dois filhos, Ariel, de quatro anos, e Kfir, de nove meses, morreram em cativeiro. O pai da família, Yarden, também foi mantido em cativeiro e posteriormente libertado, juntamente com os corpos de sua esposa e filhos, durante uma troca de prisioneiros em fevereiro. Israel havia acusado anteriormente o Hamas de matar a família “às próprias mãos”, uma alegação que agora parece contradizer diretamente as declarações de Alon.

O Hamas afirmou que a família Bibas foi morta em ataques aéreos israelenses, e não por seus combatentes.

Esta última revelação lança sérias dúvidas sobre a narrativa do governo israelense, que retratou o Hamas como responsável pelas mortes da família e usou o caso Bibas para inflamar a opinião pública e sustentar sua campanha genocida. A alegação israelense de que o Hamas assassinou as crianças nunca foi comprovada por evidências forenses, e nenhuma evidência nesse sentido foi divulgada.

O sofrimento da família Bibas foi amplamente divulgado pela mídia israelense e pelas mensagens do governo para justificar a escala de sua ofensiva militar, que matou mais de 70.000 palestinos desde outubro de 2023, a maioria mulheres e crianças. Especialistas jurídicos e estudiosos de genocídio argumentam cada vez mais que a campanha de Israel em Gaza constitui um ato deliberado de genocídio e limpeza étnica.

Dos 251 prisioneiros feitos em 7 de outubro, 168 foram libertados com vida, a maioria por meio de negociações ou acordos de cessar-fogo. Outros 87 foram mortos em cativeiro ou devolvidos mortos, muitos por fogo israelense. Em troca, 3.985 palestinos foram libertados das prisões israelenses.

Atualmente, pelo menos 9.250 palestinos estão detidos em prisões israelenses, incluindo milhares desde outubro. Quase metade deles está presa sem acusação formal ou julgamento, sob ordens de detenção administrativa, uma prática condenada por grupos internacionais de direitos humanos.

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