O ministro das Relações Exteriores da Síria, Asaad al-Shaibani, afirmou no domingo que Damasco não buscará um acordo de segurança com Israel a menos que o país se retire completamente dos territórios ocupados após 8 de dezembro de 2024, segundo a Anadolu.
“Não é possível ter um acordo de segurança com Israel enquanto o país ocupar partes do território sírio”, disse Shaibani durante um painel de discussão no Fórum de Doha, na capital do Catar.
“O mapa deve voltar a ser como era em 7 de dezembro do ano passado”, disse o ministro sírio.
Shaibani pediu a Tel Aviv que “pare de interferir nos assuntos internos da Síria e de mobilizar alguns segmentos da sociedade síria para fomentar a divisão”.
Após a queda do regime de Bashar al-Assad no final de 2024, Israel expandiu sua ocupação das Colinas de Golã sírias ao tomar a zona desmilitarizada, uma ação que violou um acordo de 1974 com a Síria.
“Hoje, a Síria está focada em si mesma e queremos reconstruir nosso país”, disse ele.
O ministro enfatizou que a Síria deseja ter “relações tranquilas com todos, incluindo Israel”, reafirmando o compromisso do país com o Acordo de Desengajamento de 1974 e com “a abordagem que estamos adotando atualmente com Israel, mediada pelos Estados Unidos”.
A nova Síria “provou em um ano ser mais racional e diplomática” do que o lado israelense, “que se promove como o único sistema democrático no Oriente Médio”, disse Shaibani.
Apesar dos obstáculos e desafios legais e econômicos em curso, Shaibani elogiou as medidas bem-sucedidas tomadas pelo povo e pelo governo sírios ao longo do último ano, enfatizando que a Síria evoluiu de “uma fonte de ameaça” para “um modelo de inspiração e sucesso”.
“Estamos em pé de igualdade com todos e queremos que nossas relações com todos sejam baseadas na cooperação, no respeito e na parceria política e econômica”, disse Shaibani, convidando a comunidade internacional a aproveitar as oportunidades de investimento na Síria.
“Nosso foco é um só: reconstruir nosso país”, afirmou.
Após a formação de um novo governo liderado pelo presidente Ahmad al-Sharaa, a Síria tem implementado reformas políticas e econômicas, promovendo a coesão social e expandindo a cooperação com parceiros regionais e internacionais.
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