O presidente sírio, Ahmad al-Sharaa, alertou no sábado que qualquer tentativa de Israel de alterar o Acordo de Desengajamento de 1974 ou buscar arranjos alternativos, incluindo uma zona tampão proposta, transformaria a região em “um lugar perigoso com consequências desconhecidas”, relata a Anadolu.
Em um discurso durante uma sessão de diálogo no Fórum de Doha 2025, Sharaa afirmou que Israel está tentando “exportar suas crises para outros países” e se esquivar da responsabilidade pelos massacres em curso em Gaza.
Ele acusou Israel de justificar todas as suas ações sob o pretexto de preocupações com a segurança, enquanto a Síria, desde sua libertação, tem “enviado mensagens positivas visando fortalecer a estabilidade regional”.
Sharaa disse que a Síria insiste que Israel deve aderir estritamente ao acordo de 1974 que rege a linha de cessar-fogo nas Colinas de Golã.
Ele questionou a lógica por trás dos apelos por uma zona desmilitarizada, afirmando que tais propostas não abordam quem garantiria a segurança da área caso as forças sírias fossem excluídas.
“Há muitas perguntas em torno da demanda por uma zona desmilitarizada. Quem protegerá essa área se o exército sírio não estiver presente?”, questionou.
“Qualquer acordo deve garantir os interesses da Síria”, afirmou. “A Síria é a parte exposta aos ataques israelenses, então quem tem mais direito de exigir a retirada e medidas de segurança?”








