Médicos estrangeiros descrevem ferimentos de guerra em Gaza como os “piores já vistos”

2 dias ago

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Palestinos feridos, incluindo crianças, estão sendo levados para o Hospital Al Awda após uma operação de resgate em meio aos destroços de um prédio, depois que o exército israelense lançou ataques em várias áreas da Faixa de Gaza, apesar do cessar-fogo, visando um prédio pertencente à família Abu Shawish no Campo de Refugiados de Nuseirat, em Deir Al Balah, Gaza, em 25 de novembro de 2025. [Moiz Salhi/ Agência Anadolu]

Médicos e enfermeiros internacionais que trabalharam em hospitais em toda a Faixa de Gaza descreveram os ferimentos que trataram durante o genocídio israelense de quase dois anos como os mais graves que já encontraram em qualquer conflito moderno, de acordo com uma reportagem publicada pela revista americana The National Interest.

A revista divulgou na segunda-feira um estudo abrangente com depoimentos de 78 profissionais de saúde humanitários — a maioria da Europa e da América do Norte — documentando a natureza, a localização e as causas dos ferimentos que trataram durante suas missões em Gaza.

Uma equipe de pesquisa britânica envolvida no estudo afirmou que os dados representam a mais extensa coleta de observações médicas sobre ferimentos em palestinos desde o início da guerra, especialmente considerando a destruição generalizada do sistema de saúde de Gaza e as restrições impostas ao acesso internacional.

O autor principal do estudo, o cirurgião britânico Omar Altaji, disse à AFP que dois terços dos profissionais de saúde participantes tinham experiência prévia em outras zonas de conflito, mas que “a grande maioria descreveu os ferimentos em Gaza como os piores que já viram”.

De acordo com os pesquisadores, os médicos e enfermeiros responderam a questionários detalhados ao retornarem de suas missões, que duraram entre duas e doze semanas, de agosto de 2024 a fevereiro de 2025. Suas respostas destacaram padrões de trauma extremo, incluindo ferimentos complexos por explosão, queimaduras graves, amputações e extensos danos aos tecidos.

O relatório surge em meio a alertas contínuos de organizações humanitárias sobre o colapso do sistema médico de Gaza, a escassez de suprimentos cirúrgicos e anestésicos e o número avassalador de vítimas.

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