Dois funcionários americanos alertaram que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pode se autodestruir e transformar o governo de Damasco em um “inimigo” se os ataques em território sírio continuarem.
Em declarações ao site de notícias americano Axios, as autoridades afirmaram que o governo Trump está preocupado com a possibilidade de os ataques israelenses desestabilizarem a Síria e minarem as esperanças de um acordo de segurança entre Israel e Síria.
As autoridades, cujos nomes não foram divulgados, disseram que a preocupação aumentou após uma conversa telefônica entre Trump e Netanyahu na segunda-feira.
No mesmo dia, Israel realizou três incursões na zona rural de Quneitra, no sul da Síria, a última após declarações de Trump com o objetivo de amenizar as tensões entre os dois países.
As autoridades acrescentaram que a Casa Branca não foi informada previamente sobre o ataque à Síria e que Israel não emitiu um alerta a Damasco por meio de canais militares, como havia feito anteriormente.
Confirmaram que o governo americano conversou com Netanyahu, instando-o a interromper os ataques.
Disseram: “Estamos tentando dizer a Bibi que ele precisa parar com isso, porque se continuar, ele se autodestruirá — perderá uma enorme oportunidade diplomática e transformará o novo governo sírio em um inimigo”, referindo-se a Netanyahu por seu apelido.
Na segunda-feira, Trump pediu a Israel que mantivesse um “diálogo forte e genuíno” com Damasco e garantisse que nada acontecesse que pudesse impedir o desenvolvimento da Síria rumo a um Estado próspero.
LEIA: Um agente de segurança sírio é morto e dois ficam feridos em ataque em Suwayda








