Sudão reitera compromisso com uma “paz justa” que preserve a soberania e a unidade

O Ministério das Relações Exteriores do Sudão afirmou na terça-feira que o país permanece comprometido em alcançar uma “paz justa e abrangente” que salvaguarde a soberania e a integridade territorial do Sudão.

A declaração, divulgada pela Agência de Notícias Sudanesa (SUNA), citou o subsecretário do Ministério das Relações Exteriores, Muawiya Othman Khalid, que enfatizou o “desejo genuíno” de Cartum de encerrar o conflito por meio de um acordo que mantenha a unidade nacional.

Suas declarações foram feitas um dia depois de o comandante das Forças de Apoio Rápido (RSF), Mohamed Hamdan Dagalo “Hemedti”, anunciar sua aceitação de um cessar-fogo unilateral de três meses, apesar dos ataques contínuos e dos abusos generalizados atribuídos às suas forças em Darfur e Kordofan.

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A Organização Internacional para as Migrações (OIM) informou na segunda-feira que mais de 106 mil pessoas foram deslocadas de El Fasher e aldeias vizinhas no norte de Darfur desde 26 de outubro, quando as RSF tomaram a cidade. Organizações locais e internacionais acusaram as RSF de realizar massacres contra civis durante e após a tomada da cidade. Hemedti reconheceu as “violações” e afirmou que comissões de investigação foram formadas.

Além de Darfur, os três estados de Kordofan — Norte, Oeste e Sul — testemunharam semanas de ataques das RSF contra posições do exército, resultando em centenas de mortos e no deslocamento de dezenas de milhares de pessoas.

As RSF agora controlam todos os cinco estados da região de Darfur, exceto partes do norte de Darfur, que permanecem sob controle do exército. O exército sudanês mantém o controle sobre a maior parte dos 13 estados restantes do país, incluindo a capital, Cartum, bem como áreas-chave no sul, leste, centro e norte.