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Israel aprova lei que permite a colonos comprar terras na Cisjordânia ocupada

27 de novembro de 2025, às 10h54

Uma vista dos escombros de um prédio mostra a família palestina Hamed, que vive em Qalandiya e recebeu uma notificação das autoridades israelenses exigindo que desocupem sua casa em 20 dias, enfrentando a ameaça de despejo forçado e deslocamento em Jerusalém em 18 de novembro de 2025. [Issam Rimawi/ Anadolu Agency]

O Comitê de Relações Exteriores e Defesa do Knesset, em Israel, aprovou na terça-feira um projeto de lei que permite aos israelenses comprar terras diretamente na Cisjordânia ocupada.

Grupos de direitos humanos afirmam que a medida representa uma grande mudança no controle e pode abrir caminho para a anexação efetiva de grandes partes do território, transformando a propriedade privada de terras por colonos em uma ferramenta política para estabelecer novos fatos no terreno.

O gabinete de imprensa do Knesset afirmou: “A Comissão de Assuntos Externos e Defesa, presidida por Boaz Bismuth, aprovou o projeto de lei ‘Fim da Discriminação’ na compra de propriedades na Judeia e Samaria”, nomes bíblicos da Cisjordânia. Acrescentou ainda que “quatro membros do Knesset apoiaram o projeto de lei sem oposição”.

O projeto de lei ainda precisa de três leituras no plenário do Knesset para se tornar lei. Nenhuma data foi anunciada para a primeira leitura.

De acordo com o projeto de lei, a nova lei “revoga a lei jordaniana sobre o aluguel e a venda de propriedades a estrangeiros”, que está em vigor na Cisjordânia desde 1953 e impede que não jordanianos, não palestinos e não árabes possuam terras.