O Movimento Ennahda da Tunísia anunciou na segunda-feira que a Câmara Criminal do Tribunal de Primeira Instância de Túnis condenou nove de seus líderes na província de Béja, no norte do país, a penas de prisão que variam de dois a doze anos, sob a acusação de “conspiração contra a segurança do Estado”.
Em um comunicado publicado em sua página no Facebook, o movimento afirmou que os veredictos foram proferidos no caso conhecido localmente como “caso Béja”, descrevendo o processo como um “julgamento remoto” que negou aos réus o direito a um julgamento justo.
O Ennahda declarou que o caso se baseou em uma “falsa acusação” feita por um indivíduo não identificado.
“Apesar da defesa ter apresentado provas que comprovavam a inocência de todos os réus, o tribunal insistiu em emitir condenações”, afirmou o movimento, acrescentando que o julgamento foi “puramente político”, com perguntas dirigidas aos réus focadas exclusivamente em sua filiação política, em vez de qualquer suposto ato criminoso.
O movimento condenou o que descreveu como “sentenças injustas que violam os direitos dos ativistas e de suas famílias” e reiterou seu apelo pela libertação imediata dos detidos.
Em março de 2023, o Ennahda denunciou a prisão de seu secretário-geral regional em Béja, Mohamed Saleh Bouallagui, juntamente com vários membros do movimento e um representante sindical. Na ocasião, o partido afirmou que as prisões faziam parte de “uma campanha sistemática destinada a intimidar e obstruir as atividades da Frente de Salvação, partido de oposição, em Béja e outras regiões”.
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