Ex-porta-voz do Exército diz que Israel perdeu a batalha nas redes sociais e pede reformulação da propaganda

O ex-porta-voz militar israelense Daniel Hagari afirmou que Israel “perdeu a guerra nas redes sociais”, descrevendo o espaço online como a arena mais perigosa e complexa na formação da opinião pública global, especialmente entre as gerações mais jovens.

Discursando na conferência anual das Federações Judaicas da América do Norte em Washington, D.C., Hagari defendeu a criação de um novo e poderoso aparato de propaganda, inspirado nas capacidades e na estrutura da Unidade 8200, a divisão de elite de inteligência cibernética de Israel. Ele argumentou que Israel agora precisa travar “uma batalha de imagens, vídeos e estatísticas — não de textos longos”.

Hagari propôs a criação de uma unidade capaz de monitorar conteúdo anti-Israel em diversas plataformas, em tempo real e em vários idiomas, fornecendo mensagens e dados de resposta rápida para o governo e veículos de comunicação. Seu plano também prevê a criação sistemática de identidades falsas online, redes automatizadas de bots e o uso de blogueiros não oficiais — “de preferência, em sua maioria mulheres jovens” — para moldar a percepção global.

Ele alertou que a fase decisiva dessa batalha se desenrolará daqui a uma década, quando estudantes que utilizarem ferramentas de inteligência artificial buscarem informações sobre os eventos de 7 de outubro e se depararem com “duas narrativas completamente contraditórias”.

Hagari propôs a criação de uma unidade capaz de monitorar conteúdo anti-Israel em diversas plataformas, em tempo real e em vários idiomas, fornecendo “duas narrativas completamente contraditórias”. Hagari, um ex-oficial da marinha que atuou em funções militares sensíveis, tornou-se o principal porta-voz militar de Israel em 2023, antes de ser exonerado do cargo no início deste ano.

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