UE rejeita quaisquer mudanças demográficas e territoriais em Gaza em meio a preocupações com voos fretados

2 semanas ago

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Palestinos que retornaram à cidade de Khan Yunis, que sofreu severa destruição durante os ataques israelenses de dois anos à Faixa de Gaza, tentam manter suas vidas diárias com recursos limitados em meio aos escombros de edifícios destruídos nos ataques em Khan Yunis, Gaza, em 18 de novembro de 2025. [Abed Rahim Khatib/ Anadolu Agency]

A União Europeia reafirmou na terça-feira sua oposição a quaisquer tentativas de mudanças demográficas ou territoriais na Faixa de Gaza, após relatos de refugiados palestinos chegando a Joanesburgo, África do Sul, na semana passada, informou a Anadolu.

Na última quinta-feira, a África do Sul concedeu isenção de visto de 90 dias a 153 palestinos que chegaram do Quênia em busca de asilo, embora a entrada tenha sido inicialmente negada devido à falta de documentos de viagem e dos carimbos de saída obrigatórios em seus passaportes.

Segundo o jornal israelense Haaretz, uma associação dirigida por um homem com dupla cidadania israelense e estoniana vende passagens aéreas para palestinos em Gaza, com destino a países distantes como Indonésia, Malásia e África do Sul, por cerca de US$ 2.000.

O ministro das Relações Exteriores da África do Sul, Ronald Lamola, afirmou na segunda-feira que a chegada a Joanesburgo, na semana passada, de um avião transportando refugiados palestinos foi uma “operação claramente orquestrada” para deslocar palestinos.

Israel já havia discutido com diversos países, incluindo o Sudão do Sul, a possibilidade de realocar palestinos para lá.

O porta-voz da Comissão Europeia, Anouar El Anouni, disse a jornalistas em Bruxelas que “não tinha conhecimento dessas notícias”, mas ressaltou que a posição da UE “permanece inalterada sobre o assunto”.

“A UE rejeita qualquer tentativa de alterações demográficas ou territoriais na Faixa de Gaza e apoiamos a unificação da Faixa de Gaza com a Cisjordânia sob a Autoridade Palestina”, afirmou.

El Anouni também lembrou as declarações da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, observando que “ela disse que Gaza é uma parte essencial do futuro Estado palestino e que não deve haver mais deslocamentos forçados”.

Outra porta-voz, Paula Pinho, disse que a situação seria analisada mais a fundo. “Já vi algumas notícias sobre isso esta manhã. Precisamos investigar melhor. Não tenho certeza se se tratava de deslocamento forçado ou voluntário”, disse ela.

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