O vice-presidente do Irã e chefe da Organização de Energia Atômica, Mohammad Eslami, afirmou que o primeiro alvo de Israel durante as recentes tensões militares foi uma fábrica de produção de combustível para o reator nuclear de pesquisa de Teerã.
Em discurso na conferência “Direito Internacional sob Ataque: Agressão e Autodefesa”, em Teerã, Eslami afirmou: “O primeiro local atacado por Israel foi a fábrica de produção de combustível para o reator de Teerã, e as informações sobre ela estavam em posse da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA)”.
Ele acrescentou: “Quando se tem uma sala em um prédio destinada a testes, equipada com a ajuda da AIEA, e essa mesma sala se torna alvo de um ataque, como pode ocorrer um ataque tão preciso, a não ser com informações da AIEA?”
Eslami observou que o reator de pesquisa em Teerã, abastecido com combustível pela fábrica atacada, produz medicamentos radioativos.
Em 13 de junho, Israel lançou uma operação militar contra o Irã, acusando-o de conduzir um programa nuclear militar secreto. Os ataques tiveram como alvo instalações nucleares, líderes militares, cientistas nucleares e bases aéreas. O Irã negou as acusações e realizou seus próprios ataques, com as trocas de acusações se estendendo por 12 dias.
![Bandeiras iranianas e de outros países tremulam em frente à sede da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em Viena, Áustria, em 24 de maio de 2021. [Michael Gruber/Getty Images]](https://www.monitordooriente.com/wp-content/uploads/2025/11/GettyImages-1319757302-1-1.webp)